quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quais são suas ferramentas?

"Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos, sem querer." (Sigmund Freud)
"É curioso não saber dizer quem sou." (Clarice Lispector)

Quem sou eu? Em algum momento em nossas vidas, essa grande e profunda questão começou a incomodar, não foi?  Se ainda não, talvez esse texto desperte algo agora.

A impressão é que nunca sabemos quem somos de verdade e, mesmo com o tempo e alguma ajuda, ainda assim, entendemos apenas parte do que somos feitos.

O que é fato é que quanto mais sabemos de nossos “ingredientes”, cores, traços e sombras, mais poderemos ir além do que pensamos ser.

E porque não podemos considerar que somos, sim, uma obra de arte que tem personalidade, traços exclusivos, às vezes com cores, outras vezes preto e branco? Parte do que somos é interpretação de quem vê, de quem se relaciona conosco, nos sentem. É assim mesmo, como uma obra de arte.

Somos feitos de pensamentos que construímos a respeito de nós, das pessoas, da opinião dos outros a respeito de nós e, com isso, pensamos saber como o mundo nos vê.

O que você sabe de si mesmo? Conhece todas suas fortalezas? O que pensam as pessoas a seu respeito?

Normalmente, as pessoas acreditam que devem conhecer a si mesmas para  entender, na verdade, as suas fraquezas. Fraquezas também fazem parte do nosso "EU", portanto, devemos saber sim sobre elas. Mas, e quanto nos preocupamos em conhecer nossas fortalezas, nossas características que são traços de nossa personalidade, que nos diferem?

Ao aprofundar esse caminho do autoconhecimento, vamos encontrar os dois lados: fraquezas e fortalezas, e é disso que, ao final das contas, somos feitos.

E você, agora, pode se perguntar: "O que é uma fortaleza? Fortaleza pra quem?

Acredito que fortalezas são as características que são nossas, naturais, que nos colocam no caminho de nossa essência,  que nos fazem ir para frente, na busca de nossos sonhos e que é possível usá-las, assim, sem esforço.

E as fraquezas?

Algumas de nossas fraquezas são passíveis de serem desenvolvidas, melhoradas ou adaptadas. Outras, simplesmente merecem nosso conhecimento e esforço em tentar amenizá-las, nos momentos em que possam atrapalhar nossos caminhos e relações.

Como disse Clarice Lispector: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”

Conhecer a nossa CAIXA DE FERRAMENTAS é essencial. Somente assim, poderemos abrir esta caixa e escolher qual ou quais ferramentas usaremos para determinada situação e qual deixaremos mais no fundo da caixa, pois não é interessante naquele momento.

Já pensou em usar uma fraqueza ao abrir a sua caixa de ferramentas? Uma fraqueza que, em determinada situação, poderá se transformar em fortaleza? Pense nisso...

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